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Portugueses na Holanda

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Vem Aí A Taxa De Plástico Descartável

Imagem de Mogens Petersen por Pixabay

Levar o seu próprio recipiente para o restaurante ou então pagar um depósito pelo copo do McDonald's. A partir de 1 de julho, novas regras vão entrar em vigor com grandes consequências para alimentos e bebidas de entrega ou recolha nos estabelecimentos. O objetivo é evitar o uso de embalagens descartáveis ​​e incentivar o reaproveitamento. Mas a questão é se isso realmente vai acontecer.

 

Todos os dias, nos Países Baixos, deitam-se fora 19 milhões de copos plásticos e embalagens de alimentos. Sob pressão da legislação europeia, o uso de plásticos descartáveis ​​na Holanda deve ser reduzido em 40% até 2026.

A partir de 1 de julho, terá que pagar mais pelas embalagens plásticas descartáveis ​​ao recolher ou receber alimentos. Isso não não vai acontecer apenas às embalagens que são de plástico, como o recipiente branco das batatas fritas do restaurante, mas também os recipientes de espuma, copos de papel e caixas de pizza. O conselho do governo é cobrar 25 cêntimos pelos copos e 50 cêntimos por uma embalagem de refeição.

Além disso, as empresas devem oferecer uma alternativa reutilizável às embalagens plásticas descartáveis. Outra opção é o cliente trazer o seu próprio copo ou embalagem. Não é só a indústria da restauração que tem que lidar com as novas regras. Também os supermercados ou estações de serviço vão cobrar pelas embalagens de plástico.

As grandes marcas em especial, já trabalham há algum tempo para conseguir cumprir as novas regras. Por exemplo, o McDonald's opta por introduzir copos próprios retornáveis, além dos copos descartáveis ​​pelos quais os clientes têm que pagar se não consumirem a refeição no restaurante.

"Para nós, é um dos maiores desafios de todos os tempos na Holanda", disse um porta-voz da empresa de fast food. "Temos que fazer dois fluxos. Um para os copos reutilizáveis ​​e outro para os descartáveis. E a sobretaxa do copo descartável deve vir separada no recibo."

Reutilizar Ou Descartar

Além disso, o sistema de depósito é uma operação complicada. "A questão é se os clientes compram o copo de depósito e o devolvem depois para nós." Por exemplo, as bandejas e copos reutilizáveis ​​que a empresa introduziu na França rapidamente se tornaram itens de colecionador.

Depois, segundo a porta-voz, a dúvida é se o ambiente vai ficar melhor. "Se os copos não voltam, temos de comprar muito mais par disponibilizar aos clientes. E a sua produção resulta em um grande aumento no consumo de água e energia."

A reutilização é, portanto, difícil de organizar para grandes empresas, muito mais para o restaurante de comida da esquina onde vamos muitas vezes quando estamos em viagem. Muitos pequenos empresários ainda não estão cientes das novas regras, observa a Inspeção de Meio Ambiente e Transportes (ILT).

Os empresários que o são procuram principalmente embalagens que não contenham plástico, diz Frans van Rooij. Ele é diretor da associação comercial de restaurantes de fast food, ProFri. 

Mas o problema é que ainda não existem alternativas sem plástico para bebidas e produtos gordurosos, diz o ILT. "Para que isso aconteça, é preciso fazer ajustes químicos para que deixe de conter plástico", diz Gert van Rootselaar, do ILT. "Quase tudo o que agora nos é oferecido e verificado ainda contém plástico."

Isso significa que oferecer uma alternativa reutilizável continua a ser obrigatório. Outra opção é permitir que os clientes tragam o seu próprio recipiente ou copo. Isso também não é fácil. "Não pode ser que, se a loja estiver cheia, você chegue com um saco cheia de embalagens", diz Van Rooij. "Os restaurantes até podem permitir que tragam o seu próprio recipiente, mas também explicarão que isso não pode ser feito em detrimento da qualidade e da rapidez."

A expectativa na restauração é que os clientes optem pela comodidade e aceitem a sobretaxa de plástico nas embalagens descartáveis. "Eles não se importam em pagar já 3,50 euros pela entrega. Então o dinheiro para a embalagem também não é um problema", pensa a ProFri.

"O descartável está nos nossos genes", observa Van Rootselaar, da ILT. “As empresas querem continuar com embalagens descartáveis.” Ele acha que é uma oportunidade perdida. "O objetivo da legislação é a reutilização. Esse é o novo padrão pretendido. Vemos que esse novo padrão não está a ser adotado."

 

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