Sindicato FNV Quer 100 Euros Mensais de Aumento nos Salários. Reforma Deve Estar Indexada à Inflação
A FNV , que quer incluir aumentos de cerca de 100 euros extra por mês nos acordos colectivos de trabalho que se vão celebrar no próximo ano, não está contente com o aumento real anunciado nos salários, informou o maior sindicato do país. A FNV opta por não propor uma exigência salarial em percentagem.
Com a exigência salarial, a FNV quer reduzir a diferença salarial e garantir que ninguém na Holanda seja prejudicado. Os 100 euros devem ser contabilizados já com a correcção da inflação. O sindicato espera uma inflação de 2 por cento em 2022.
Para alguém que ganha o salário mínimo, isso equivaleria a um aumento salarial total de 7,9%. Para alguém com um salário médio, seria de 5,5% a mais. Quem ganha três vezes a média receberia 3,1% a mais. O proposto no orçamento de estado para 2022 fica-se nos 2,2%, que na realidade são 0,4% com a correcção da inflação.
Além disso, o maior sindicato da Holanda concentra-se na criação de mais empregos permanentes em vez de trabalhadores flexíveis e empregos temporários. O sindicato também quer que profissões essenciais se tornem mais atraentes com a ajuda dos aumentos salariais.
A FNV quer viabilizar tudo isso por meio de compromissos nas negociações de novos acordos colectivos de trabalho em 2022. O sindicato negoceia com as associações de empregadores, embora seja questionável a possibilidade de elas concordam com as exigências do sindicato.
No entanto, devido à falta de pessoal em muitos sectores, a FNV está numa boa posição inicial, acredita o vice-presidente Zakaria Boufangacha. "Agora estamos a exigir acção: mais contratos por tempo indeterminado para todo o trabalho estrutural que existe."
Reformas
Por fim, o sindicato acredita que os valores das reformas devem estar em linha com a inflação do ano que vem, a chamada indexação. Segundo a FNV, isso não acontece há treze anos.
“O facto de a introdução do novo sistema de reforma ter sido adiada novamente não deve prejudicar os beneficiários da mesma”, afirma o sindicato.
“Os fundos de pensão com uma taxa de financiamento acima de 105 por cento devem ser capazes de indexar até 2022, conforme originalmente pretendido pela nova lei.”