Sequestrador Da Apple Não Tinha Explosivos. Sob Custódia Policial, Está Internado Com Ferimentos Graves
O homem que fez 70 pessoas reféns na terça-feira na Apple Store na Leidseplein, em Amsterdam, era suspeito de ter material explosivo no seu corpo, mas isso não se verificou ser verdade, anunciou a polícia na quarta-feira. O suspeito está no hospital com ferimentos muito graves, depois de ter sido abalroado por uma viatura da polícia.
Não há razão para acreditar que há mais suspeitos envolvidos, disse a polícia. No entanto, essa possibilidade está incluída na investigação que agora decorre. Ainda não se sabe a motivação do suspeito, mas durante a situação de sequestro, o homem exigiu 200 milhões de euros em criptomoedas e uma escolta gratuita, o que significa que ele queria sair em liberdade.
A vítima, que esteve continuamente sob a mira de uma arma pelo sequestrador, é um homem da Bulgária. As primeiras indicações davam-no como um inglês, cliente na loja.
A polícia conduz agora extensas investigações sobre o motivo do sequestrador e sobre os explosivos que ele supostamente carregava no seu colete. A primeira investigação mostra que estes não se encontravam com o sequestrador.
O homem trabalharia para o serviço de entrega do Albert Heijn, disseram várias fontes à RTL Nieuws . A carrinha da empresa esteve várias horas em frente à Apple Store com as luzes de emergência ligadas.
Já durante a madrugada de terça para quarta-feira, a polícia encetou buscas a duas casas em Amsterdam onde foram apreendidos vários suportes de dados.
Cinco Horas De Incertezas
No final da tarde de terça-feira, a polícia recebeu uma denúncia sobre um roubo na loja da Leidseplein. Vídeos de testemunhas mostraram o homem na loja, vestido com um camuflado e capacete estilo militar e com uma arma de fogo, enquanto segurava outro homem sob a mira da arma. Dezenas de pessoas, que se encontravam no interior, foram obrigadas e esconder-se em divisões do edifício.
A polícia esteve presente com centenas de agentes e a área foi hermeticamente isolada. Moradores, empresários e funcionários nas proximidades do incidente foram orientados a não sair e a permanecer dentro dos edifícios.
Mais de cinco horas depois, por volta das 22h30, o sequestro terminou. O sequestrador pediu água à polícia, que foi entregue por um robô anti-explosivos. Quando o refém foi buscar a água, viu a sua hipótese de fugir e correu para o exterior. O sequestrador ainda correu atrás do homem búlgaro em perseguição, mas o refém conseguiu escapar após uma rápida intervenção da Equipa de Intervenções Especiais (DSI) da polícia.
Após ter sido atingido por um veículo da DSI, o sequestrador permaneceu no chão inanimado sob a mira de atiradores furtivos e antes de ser assistido, ainda foi feita uma busca de explosivos com recurso ao robô anti-explosivos. Só depois foi levado para o hospital com ferimentos graves, onde ainda está em tratamento e vigiado pela polícia.