Seis Meses Após Eleições, Países Baixos Continuam sem Governo
Seis meses após as Eleições para a Câmara de Deputados nos Países Baixos, o negociador Johan Remkes ainda procura entendimento entre os vários partidos para a formação de um governo de coligação. Com os líderes do partido VVD, D66 e CDA na propriedade De Zwaluwenberg perto de Hilversum, haverá no próximo fim de semana mais uma tentativa de consenso. Remkes chama-lhe apenas de "reunião informal".
O negociador pretende apenas conversar com as partes sobre uma possível cooperação construtiva com a PvdA, GroenLinks e a ChristenUnie. Remkes espera que as negociações contribuam para a confiança mútua entre os líderes dos partidos.
Remkes acha que as diferenças substantivas entre os três partidos podem ser superadas e isso também é necessário para uma coligação de confiança. De acordo com Remkes, VVD, CDA e D66 não excluíram nenhuma combinação, mas "repassaram preferências". O D66 não vê uma coligação minoritária apenas com VVD e CDA, porque tal coligação muito provavelmente não será viável.
Os líderes dos três partidos também trazem os seus vice-presidentes. Estes são Sophie Hermans (VVD), Rob Jetten (D66) e Pieter Heerma (CDA). Segundo o negociador, a intenção é que as lideranças partidárias e seus deputados pernoitem na propriedade. Para já, nada indica que os convidados não aceitem o seu convite.
No seu convite aos líderes do partido, Remkes cita a recomendação da negociadora que o antecedeu, Mariëtte Hamer, de formar uma coligação minoritária a partir de uma combinação entre VVD, D66 e CDA. Já não é a primeira vez que esta propriedade é usada para determinação de uma coligação governante. Em 2007 e 2017, os políticos também usaram esta propriedade De Zwaluwenberg para um fim de semana de discussão para a formação do governo.
VVD, D66 e CDA (centro direita) foram os vencedores das eleições, mas sem maioria parlamentar. Com a recusa unânime de incorporar os partidos de extrema-direita, os vencedores terão de contar com uma coligação que incorpore partidos de esquerda. Aqui reside o grande problema devido às grandes diferenças de programas eleitorais, principalmente com o partido CDA. Uma coligação sem este partido também seria uma possibilidade após o caso Omtzigt, mas isso incluiria mais cedências à esquerda no alargamento da coligação ainda mais a este lado do espectro político.