Plano Para o Normal. Cinco Etapas Até Agosto
O novo plano de reabertura da sociedade deixa claro quando vai desaparecer o recolher obrigatório, quando as esplanadas serão reabertas e quando e como poderemos assistir a um evento. Mas... nada ainda é certo. Ainda há muita incerteza de como poderá se desenvolver a pandemia.
O governo ousou fazer uma série de previsões na última conferência de imprensa de 13 de Abril. Há uma perspectiva razoavelmente animadora da epidemia. No início de Julho, todos os adultos que queiram, podem ser vacinados e com os meses de verão aproximando-se, há também menos infecções.
Por outro lado, existem muitas incertezas. A entrega de vacinas, por exemplo, é um dos factores de sucesso deste plano. Mas também as interrupções da vacinação devido a efeitos colaterais muito raros, mas graves. O caso mais grave é a possibilidade de surgir uma nova mutação do vírus, resistente à vacina.
No entanto, o Ministério da Saúde ousa ilustrar em cinco etapas como e quando a Holanda sairá do confinamento.
As Cinco Etapas
A mais importante etapa, a primeira, está marcada para 28 de Abril. Neste dia, o recolher obrigatório é retirado, as esplanadas podem abrir e passam a ser permitidas duas visitas simultâneas a sua casa.
A segunda etapa terá início no dia 11 de maio, quando entre outras coisas, o público será novamente bem-vindo às competições desportivas, com apresentação de teste negativo.
A terceira etapa está planeada para 26 de maio e, sob certas condições, será possível de novo ir jantar fora ao restaurante.
A 16 de Junho, retornaremos ao nível sensível com a etapa quatro e a permissão de grandes eventos, ainda que sob certas condições.
A partir de 7 de Julho, quando quase todos os adultos já receberam pelo menos uma vacina, mais relaxamentos nas medidas e nas regras serão estendidos a mais sectores da sociedade. Até Agosto, o plano prevê terminar inclusive com as medidas básicas, como o uso de máscara, desinfecção das mãos e distanciamento social.
O Dilema: A Incerteza
À primeira vista poderá ser um esquema bem organizado, mas será certo? "Não é certo. Esse é o dilema", diz Peter Munters, funcionário do Ministério da Saúde, ao explicar o plano aos jornalistas. Este plano, diz ele, foi feito “com o melhor conhecimento que temos no momento”.
Dois desenvolvimentos são considerados: o número de camas hospitalares ocupadas, incluindo aqueles em cuidados intensivos e o número de pessoas vacinadas. Já existe aqui a primeira incerteza, porque não está exactamente claro que efeitos a reabertura terá no número de infecções. No entanto, as etapas são parcialmente baseadas nisso.
O segundo desenvolvimento refere-se ao número de vacinações. O ritmo pode desacelerar, como aconteceu nas últimas semanas devido a pesquisas adicionais ou ao atraso de entregas de lotes pelas farmacêuticas. “Isso pode levar a ajustes”, explica Munters.
Conselhos da OMT
Além disso, a reabertura será submetida sempre primeiramente ao quadro de especialistas que aconselham o governo (OMT), como ocorre actualmente. Os especialistas já indicaram que não se deverá começar com a primeira etapa antes do pico da terceira onda passar. O que ainda não é o caso, mas está previsto que aconteça até 28 de Abril.
Isso levanta a questão do porquê do governo se concentrar em datas, em vez de números como internamentos hospitalares e vacinações ou em semelhança com Portugal, com metas definidas de taxas de transmissão. O levantamento das restrições na sociedade estava inicialmente marcado para o dia 21 de Abril, mas o governo teve quase que voltar atrás com a abertura já em vigor do comércio não essencial na semana passada, porque os números continuam muito altos em quase todos os indicadores.