Operação Policial de Grande Escala na Holanda e Bélgica
A polícia efectuou várias rusgas na Holanda e na Bélgica na manhã de terça-feira em resultado de uma investigação sobre a produção e o tráfico de drogas. A operação de grande escala contou com centenas de agentes e seis pessoas foram detidas.
Mais de 275 agentes foram posicionados em Bergeijk, Utrecht, Eindhoven e nas cidades belgas de Neerpelt e Pelt. A acção começou por volta das 5 da manhã, tendo sido concluída ao final da manhã. A polícia efectuou seis detenções mas não descarta a possibilidade da emissão de mais mandatos de captura.
Em Bergeijk, a rusga deu-se num acampamento de caravanas. O principal suspeito também foi detido ali mesmo, um homem de 32 anos que, segundo o De Telegraaf, é membro de uma família notória da sua comunidade. A polícia suspeita que o individuo tem um "papel de liderança" dentro de uma organização criminosa.
Os outros suspeitos estão principalmente na casa dos vinte a trinta e poucos anos. Eles são suspeitos de tráfico e produção de drogas sintéticas. As suas habitações também foram alvo de buscas. Os suspeitos estão sob custódia policial e serão apresentados ao juiz de instrução na sexta-feira.
Durante a acção, a polícia também procura dinheiro e itens que possam estar ligados às suspeitas de produção e tráfico de drogas. Especificamente com a verificação da existência de espaços secretos nos locais.
Dezoito Meses de Investigação
As autoridades afirmaram que a investigação a este grupo suspeito iniciou-se em Maio do ano passado. A polícia obteve evidências adicionais no caso através da descoberta de vários laboratórios de drogas na Holanda, Alemanha e Bélgica. Os laboratórios foram desmontados em Tegelen, Ruppach (Alemanha), Kassel (Alemanha) e Lanaken (Bélgica).
Esses laboratórios foram encontrados pelas autoridades após terem interceptado mensagens dos serviços da EncroChat, Sky ECC e ANOM. Em nota, o chefe da polícia Wilbert Paulissen e a promotora-chefe Heleen Rutgers escrevem que os relatórios destas interceptações foram "uma enorme fonte de informação" e que deram à polícia "muitas pistas sobre os métodos de trabalho das organizações criminosas".