O Senado pediu na terça-feira ao governo parasse temporariamente o plano do polémico centro de dados do Facebook em Zeewolde. A Agência Imobiliária do Governo Central (Rijksvastgoedbedrijf  - RVB) não terá permissão para vender o terreno necessário até que o novo governo tenha elaborado uma política nacional sobre o estabelecimento de tais centros de dados no país.

O Partido para os Animais ( Partij voor de Dieren - PvdD) fez o apelo à paragem do plano com uma moção de censura que foi aprovada por toda a oposição. Apenas os partidos da coligação VVD, D66, CDA e ChristenUnie votaram contra. Como a coligação não têm maioria no Senado, a moção foi assim aprovada.

Na semana passada, a Câmara dos Deputados votou numa moção semelhante, que não obteve maioria. Devido à votação no Senado, a chegada do centro de dados pode assim atrasar. O PvdD congratula-se com o facto de o tema estar “de volta à agenda política nacional”.

O acordo de coligação apresentado na semana passada afirma que o novo governo quer uma supervisão nacional mais rigorosa da chegada dos chamados centros de dados de hiperescala. Isso impõe uma "reivindicação desproporcionalmente grande sobre a energia sustentável disponível", afirma o acordo. O governo actual ainda vê os centros de dados como um problema local, embora os centros de dados do Facebook consumam mais energia do que todas as residências em Amsterdam.

Facebook Ainda Não Iniciou o Processo

Na semana passada, o município de Zeewolde aprovou o plano de zoneamento que permitirá a chegada do megacentro ao pólder. Mas o Facebook ainda precisa obter uma série de licenças, e a RVB precisa vender cerca de 80 hectares de terras necessárias ao projecto.

O RVB já estabeleceu requisitos de sustentabilidade ambiental para isso, que os planos originais do Facebook não atendem. De acordo com o município de Zeewolde, novos planos serão apresentados nas próximas semanas para atender às exigências do RVB.