Mais Uma Semana De Greves. Amsterdam E Transportes Regionais
As autoridades municipais de Amsterdam vão parar de trabalhar por sete dias a partir de segunda-feira. Também os funcionários do transporte regional deixarão de trabalhar na quarta e na sexta-feira. Segundo o diretor de Transporte Regional da FNV, Marijn van der Gaag, “o limite foi atingido”.
Uma das exigências dos funcionários públicos em Amsterdam é um aumento salarial de 12 por cento no período de um ano. O sindicato FNV também exige compensação automática da inflação no acordo coletivo de trabalho do próximo ano.
O município alerta para os problemas que a falta de recolha do lixo pode vir a trazer. Durante a greve, não serão recolhidos resíduos volumosos e domésticos, como lixo residual, vidro, papel/papelão, têxteis e resíduos orgânicos.
As ruas também não serão limpas, os caixotes de lixo não serão esvaziados e a recolha de lixo na rua não serão realizadas. Durante greves da semana passada em Utrecht, Rotterdam e Den Haag, foi visível a acumulação de lixo nas ruas.
O município de Amsterdam pede aos moradores que mantenham o lixo em casa o máximo possível durante a greve e não coloquem sacos de lixo nas ruas.
No entanto, foi acordado com os sindicatos que os mercados podem continuar a operar na capital. "Os resíduos são removidos no final do dia nos mercados diários e o mercado será limpo. Os encarregados dos mercados supervisionam isso", disse o vereador Hester van Buren no conselho da cidade na semana passada.
Durante a greve, funcionários da fiscalização estarão na rua, mas não emitirão multas aos infratores. A exceção será em casos graves, violações da lei municipal grave ou comportamento violento, relata o município.
Em Maastricht e Den Bosch, os funcionários municipais entrarão em greve a partir de quarta-feira. Isso pode causar problemas na limpeza das ruas nestas cidades, após vários dias de festas de carnaval, que vai até terça-feira.
Transportes Públicos Regionais
De acordo com Van der Gaag, a pressão de trabalho para os funcionários é muito alta devido aos horários irregulares e tempos de viagem apertados. "Se nada mudar, será muito mau para o futuro do transporte público."
O anúncio de novas greves ocorre duas semanas após uma greve de cinco dias no transporte regional. A vontade de agir era alta na época, segundo o sindicato. Todos os dias, cerca de 80% dos funcionários escalados entravam em greve.
Os empregados querem um novo acordo coletivo de trabalho com salários que aumentem de acordo com a inflação. A FNV exige um aumento salarial de 16,9 por cento para um acordo coletivo de trabalho de um ano, a CNV exige 14 por cento distribuídos em dezoito meses.
Sem Orçamento Para Aumento Salarial Exigido
O presidente da Associação de Empregadores de Transporte Público (VWOV), Fred Kagie, anunciou na sexta-feira que esse dinheiro não existe. A oferta salarial do VWOV equivale a um aumento de 8 por cento. Os empregadores dizem que as margens de orçamento no transporte público são muito pequenas e que muitas empresas de transporte estão a operar com prejuízo desde a pandemia covid-19.
Também devem ser tomadas medidas para reduzir a alta carga de trabalho. Para isso, os tempos de condução devem ser menos apertados e deve haver regularidade nas rotas. Os sindicatos também querem que as propostas de maior flexibilização de horários dos funcionários sejam retiradas da mesa.
Existem dois acordos coletivos de trabalho no setor de transporte regional, o acordo coletivo de transporte regional com aproximadamente treze mil empregados e o acordo coletivo multimodal com aproximadamente trezentos empregados. Ambos os acordos coletivos de trabalho vigoraram até 31 de dezembro de 2022.
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