O governo colocou na mesa a ideia de prolongar as férias de Natal por uma semana em detrimento das férias de Verão. Isso deve amenizar as consequências da próxima onda corona, diz uma carta com a estratégia de educação para o longo prazo dos ministros da educação Robbert Dijkgraaf e Dennis Wiersma.

A proposta do governo aplica-se às próximas férias de Natal e às férias de verão de 2023. O novo calendário de férias também pode vir a ser usado nos próximos anos, de acordo com o memorando enviado pelos dois ministros da Educação na quinta-feira.

A ideia por detrás do plano é que o coronavírus ataque com mais frequência no Inverno e cause por isso atrasos no programa escolar. Os alunos ficariam menos sujeitos com quarentenas e professores doentes por causa de férias mais longas, porque ambos estariam em período de férias. No Verão, quando o vírus tem menos condições de se espalhar, os alunos podem ir à escola sem correrem o risco de suspender aulas devido ao covid-19.

A Associação Geral de Educação (AOb) pergunta aos seus apoiantes o que pensam sobre a intenção do governo de organizar as férias escolares de forma diferente. "Esta é uma medida drástica", disse o presidente da AOb, Tamar van Gelder. "Isso tem um grande impacto no pessoal educacional e os sindicatos devem ter uma palavra a dizer sobre isso."

Caso surja uma nova e perigosa variante do coronavírus, o governo só quer fechar parcialmente o ensino básico e médio. No entanto, outras medidas são concebíveis, como limitar o contacto e testes regulares.

A carta também afirma que a educação se tornará "mais flexível" durante um pico de corona. Por exemplo, a educação digital deve ser melhorada e o sistema de exames ajustado. Uma maior elaboração dos planos e uma decisão serão tomadas antes do Verão de 2022.