Relatórios sugerem que vários benefícios fiscais, incluindo a regra de 30% para expatriados e estrangeiros na Holanda, poderiam ser terminados sob o novo Memorando de Primavera do governo (voorjaarsnota) como parte do plano do governo de compensar despesas adicionais com a energia e defesa.

O governo holandês está actualmente a passar por um longo processo de elaboração de uma declaração orçamentária de primavera, apelidada de 'voorjaarsnota' , que descreve as finanças e o plano orçamental do novo governo. Na semana passada, o primeiro-ministro Mark Rutte anunciou que, graças aos custos crescentes como resultado da crise energética, a guerra na Ucrânia e o aumento das taxas de inflação, o governo teria que encontrar um adicional de 10 a 15 mil milhões de euros p+ara o próximo ano. 

Para fazer isso, os partidos da coligação analisam a eliminação de vários benefícios fiscais para empresas e empresários na Holanda e estão a considerar a introdução de novos impostos sobre a riqueza. Além desses planos, no entanto, a NOS informa que os ministros poderiam acabar com a regra dos 30%, o benefício fiscal concedido a estrangeiros onde 30% de um salário é isento de impostos. 

No início da manhã de sexta-feira, o primeiro-ministro anunciou que as negociações da coligação sobre o 'voorjaarsnota' estavam a chegar a uma pausa, dando aos partidos a oportunidade de discutir o plano com membros da oposição. O plano é que a discussão seja retomada em Maio, antes que o plano final seja apresentado à Câmara dos Deputados em Junho. 

Rutte enfatizou que um acordo ainda não foi alcançado e recusou-se a fornecer detalhes sobre as opções que estavam actualmente na mesa. “Muitas variantes ainda são concebíveis”, disse ele à imprensa holandesa. Qualquer que seja a decisão do governo, o Memorando de Primavera terá um papel significativo nos planos orçamentais do governo para o próximo ano, que serão apresentados no Prinsjesdag em Setembro.