Conclusão Sobre a Queda do MH17
17 de Julho 2014. O voo da Malásia sai de Amsterdam com destino a Kuala Lumpur. Algumas horas depois, desaparece sobre os céus na Ucrânia. É esperado o pior e pouco depois confirma-se: o MH17 está no chão, destruído e espalhado por 50 quilómetros quadrados. Os 298 ocupantes não sobrevivem.
Esta foi uma das maiores catástrofes na aviação para a Holanda. 196 dos ocupantes eram holandeses que sem razões aparentes, morrem na queda de um avião.
É criado assim um gabinete de investigação à queda do voo MH17 com a Holanda à cabeça, num grupo internacional de investigadores. Passado mais de um ano, o relatório está completo e é mostrado ao público e à imprensa.
Ficam aqui as principais conclusões deste relatório:
Conclusões em relação à rota do voo MH17
- Durante o período anterior ao voo MH17, o conflito armado no leste da Ucrânia passou para o espaço aéreo. Em consequência disso, o sobrevoo do espaço aéreo pela aviação civil passou a ter mais riscos.
- Os depoimentos das autoridades ucranianas, na qual reportam o abate de aviões militares nos dias 14 e 16 de Julho e no qual mencionam a existência de armamento capaz de chegar à altitude de cruzeiro dos voos comerciais, deveria ter sido razão mais que suficiente para interditar o espaço aéreo naquela zona.
- Outros envolvidos na aviação civil, incluindo a ICAO, não consideraram todos os potenciais riscos na zona do conflito armado. Operadores, incluindo a Malaysia Airlines, assumiram que o espaço aéreo sobre a Ucrânia não apresentava riscos. A ICAO não emitiu avisos para aquela zona.
Causas da queda do voo MH17
- O gravador de dados do avião mostra que este voava a uma altitude de 33.000 pés e nivelado. Ás 15:20 (hora da Holanda), o gravador de voz regista um pico sonoro. A triangulação do som, mostra que este veio do exterior da cabine de voo, na dianteira à esquerda e acima do avião.
- Na altura e segundo o radar do Controle de Voo, o avião mais próximo estava a 33 Km.
- A cabine de voo estava bastante danificada e com marcas de várias penetrações a alta velocidade. Os corpos da tripulação que pilotava o voo apresentavam também inserções de metal nos seus corpos.
- Juntamente com os destroços, foram encontrados partes de um sistema de mísseis. A perícia forense conseguiu determinar que estes destroços tinham a mesma origem dos que foram encontrados no avião.
- A ogiva foi identificada como 9N314M, usada nos mísseis Buk.
- A origem precisa deste míssil está ainda a ser averiguada por uma investigação criminal, mas calcula-se que o míssil terá sido disparado de uma área de 320 Km2
Conselhos
- A investigação aconselha que se crie um sistema de controle do espaço aéreo que tenha em conta as zonas de conflito armado.
- Qualquer país deve ter a soberania do espaço aéreo assegurada. Qualquer falha dessa soberania deverá ter ser tomada em conta na realização dos planos de voo das companhias civis.
- Não existe uma avaliação de riscos nas zonas de conflito capaz de assegurar uma informação fidedigna ás autoridades de aviação civil.
Este relatório tem em vista conhecer as causas da queda do voo MH17 da Malaysia Airlines e não atribuir culpas. Essas serão conhecidas no final de uma investigação criminal, que está ainda em curso.
Para ler o relatório: Report Crash Flight MH17 (inglês).
Por uma comunidade forte, unida e informada.
Portugueses na Holanda Facebook
Portugueses na Holanda Comentários no Blog e Facebook