Os ministros pretendem adiar a decisão sobre a abertura do aeroporto de Lelystad para voos comerciais até 2024 e também se planeia limitar os movimentos de voos no aeroporto de Schiphol a 440.000 por ano até o final do próximo ano, informou a emissora RTL Nieuws.

O governo planeia impor uma redução permanente no número de voos de e para Schiphol por falta de cumprimento das regras de poluição sonora, plano de nitrogénio e partículas finas. A emissora pública NOS também informou que os ministros planeiam impor novas restrições a Schiphol, possivelmente limitando partidas e chegadas para um máximo de 420.000 por ano.

Schiphol actualmente tem um limite de voos de 500.000, que o aeroporto ainda não está a usar, mas mesmo assim neste verão está a cortar centenas de voos por dia devido à falta de equipas de segurança e trabalhadores no manuseio de bagagem. Os ministros ainda não comentaram oficialmente nenhuma das alegações.

O governo concordou em 2015 em usar Lelystad como um aeroporto de apoio para Schiphol, onde as companhias aéreas charter e as de baixo custo seriam concentradas. Mas os planos foram prejudicados por atrasos e problemas. Em Março, a ministra da Natureza e Nitrogénio, Christianne van der Wal, recusou-se a emitir uma licença ambiental para o aeroporto, dizendo que o impacto da poluição com nitrogénio não tinha sido calculado adequadamente.

Em 2020, uma pesquisa da emissora local Omroep Flevoland e da equipa de investigação Follow the Money mostrou que €214 milhões já foram gastos em Lelystad, sem que um único voo comercial tivesse usado este pequeno aeroporto. O valor inclui o custo dos projectos de construção e infra-estrutura necessários para transformar o aeródromo num local capaz de lidar com tráfego charter e dos voos de baixo custo, bem como o custo da pesquisa e apoio ao serviço civil.