Um relatório publicado pelas 10 grandes empresas holandesas de água, alertou que grande parte da Holanda enfrenta uma escassez iminente de água potável, em grande parte devido ao crescimento populacional, poluição e seca.

De acordo com o relatório, “o sistema hídrico está chegar ao limite” e várias medidas são necessárias para garantir que as empresas possam continuar a fornecer água potável após 2030. As empresas estão a pedir aos políticos que ajam com “urgência” à escala nacional e local para resolver o problema.

"Parece garantido que a água sai da torneira, mas não é", diz o relatório. "A disponibilidade de água para o abastecimento de água potável está sob pressão. Além disso, a qualidade das fontes de água potável está a deteriorar-se devido à poluição causada pela agricultura, indústria e sociedade. As gerações futuras correm o risco de ficar sobrecarregadas com um fornecimento menos seguro de água potável confiável.”

Todas as 10 empresas escrevem que devem produzir mais água potável até 2030 para atender à procura e argumentam que a produção, purificação e distribuição de água devem ser ampliadas ao longo dos próximos anos. Elas pedem ao governo que facilite a obtenção de uma licença para extrair água e invista em novas tecnologias de extração.

As últimas duas décadas viram a Holanda enfrentar uma série de escassez de água com o clima seco deste ano, resultando no anúncio do governo holandês de que os níveis nacionais de água estavam em um dos níveis mais baixos durante o verão. 

Embora a ameaça nacional tenha sido eliminada, a crescente frequência de secas, combinada com o crescimento da procura como resultado do crescimento populacional, salinização do solo e poluição, está a causar graves efeitos no abastecimento de água potável do país. 

O relatório alerta que a escassez iminente significa que, embora sejam legalmente obrigados a fornecer água potável, eles “não podem garantir” o fornecimento oportuno de água potável às cerca de 900.000 casas que o governo pretende construir até 2030.

Estamos a comprar cada vez menos roupas e artigos para casa, como artigos de decoração, de cozinha e móveis, agora que os preços da energia e dos alimentos continuam a sua subida. "Percebemos que os consumidores ficaram mais relutantes nas últimas quatro semanas", diz Jan Meerman, diretor geral da INretail, a associação comercial da indústria do vestuário de desporto, moda e calçados.

“O primeiro semestre do ano foi muito positivo para muitos empresários, as vendas até superaram as expectativas. entre 5 e 10 por cento", diz Meerman.

De acordo com o gerente geral do INretail, isso deve-se, em parte, à queda na confiança do consumidor. A confiança do consumidor nos Países Baixos caiu para o menor nível histórico neste mês, anunciou a agência de estatísticas CBS na semana passada. Nunca estivemos tão receosos como em setembro e estamos principalmente preocupados com nossa própria situação financeira.

"Além disso, há uma inflação altíssima. Muitas pessoas já gastaram parte da sua poupança, a maioria, por exemplo, na casa durante o período da pandemia", diz Meerman.

As reivindicações salariais dos sindicatos são, portanto, irrealistas, diz Meerman. Por exemplo, a CNV está a pedir um aumento salarial de 5 a 10 por cento no próximo ano. A FNV quer até uma indemnização integral para os funcionários, para que eles possam manter o seu poder de compra. Isso significa uma exigência salarial de cerca de 12 por cento.

"A inflação é principalmente o resultado do aumento dos preços da energia e os empregadores também são afetados por isso. Como os empresários do setor lojista podem arcar com esses aumentos salariais se não têm saúde financeira após um longo período corona?", pergunta Meerman em voz alta.

Várias empresas de energia, incluindo Eneco, Greenchoice e Essent, anunciaram no início desta semana que iriam aumentar significativamente os preços no próximo mês de outubro. Mas ao que tudo indica, os fornecedores informaram os seus clientes fora do prazo mínimo legal. Quem o diz é o regulador ACM que informou que os aumentos devem ser comunicados com trinta dias de antecedência, mas os fornecedores dizem que dez dias são suficientes.

Foi um choque para muitos esta semana. Grandes fornecedores como a Eneco, a Greenchoice e a Essent, informaram os clientes que a partir de 1 de Outubro terão de pagar mais pela energia, sendo que em alguns casos, na ordem das dezenas ou mesmo centenas de euros pela eletricidade e pelo gás. Isso gerou muita surpresa e mal-entendidos entre os clientes.

A ACM diz à RTL Nieuws que as empresas devem informar os seus clientes sobre tais aumentos pelo menos trinta dias antes da implementação. Um porta-voz do regulador confirma o relatório. "Esta legislação não é nova. Ela existe há anos", disse o porta-voz.

A regra foi introduzida para dar aos consumidores tempo para mudar para outra empresa, embora neste caso, a mudança não fará muito sentido. Todos os fornecedores de energia cobram taxas altíssimas para novos contratos.

Mas se os fornecedores estão de fato atrasados, isso significa que os aumentos não serão realizados? Ou eles só são introduzidos mais tarde? Não se depender dos fornecedores. Por exemplo, a Eneco afirma que a empresa incluiu nas condições que deve notificar tais aumentos com pelo menos dez dias de antecedência. Greenchoice também apresenta a mesma defesa.

O regulador aconselha os clientes que não concordam com o aumento a apresentarem uma reclamação ao fornecedor de energia. A ACM preparou um modelo de carta para esse efeito. Se a carta não produzir o resultado desejado, o cliente pode ainda recorrer ao Geschillencommissie, uma espécie de mediação judicial onde não há necessidade de recorrer a um tribunal comum.

A ACM também anunciou que entrará em negociações com fornecedores de energia, porque há muita incerteza sobre a medida. O porta-voz ressalta que ainda não foram emitidas multas.

Os planos foram chegando pouco a pouco nos últimos dias e semanas, mas na tarde de terça-feira a ministra das Finanças, Sigrid Kaag, apresentou a pasta com o Orçamento para 2023 (miljoenennota) à Câmara dos Deputados. E o que muda na sua carteira? Listamos as coisas mais importantes.

Nota: nem todas as alterações mencionadas neste artigo são definitivas. A Câmara ainda tem que votar algumas das propostas e planos fiscais nas próximas semanas.

Rendimento

• Cálculos do Centraal Planbureau (CPB) mostram que o poder de compra aumentará 3,9% no próximo ano. O governo reservou 17,2 mil milhões de euros para este pacote de poder de compra no próximo ano.
• No final da semana passada, o CPB estimou que o poder de compra diminuiu quase 7% em 2022.
• O salário mínimo aumentará em 10%. O WW e AOW como estão vinculados ao salário mínimo, eles aumentam de acordo.
• Os subsídios sobem. Em 2023, será adicionado ao zorgtoeslag um montante único de 412 euros, que significam 34 euros extra por mês. O subsídio máximo para o zorgtoeslag aumenta para 154 euros.
• O huurtoeslag aumentará estruturalmente em 16,94 euros por mês. O kindgebonden budget também vai aumentar.
• O reembolso máximo do kinderopvangtoeslag aumenta: em 2025, para um reembolso de 96 por cento (agora 95 por cento). Isso é especialmente relevante para pais de baixo rendimento. Desta forma, manterão o seu subsídio atual se for introduzido um novo sistema de creche para as crianças.

Impostos

• Poupanças até 57.000 euros estarão isentas de imposto sobre o património na caixa 3 em 2022. Foram 50.000 euros na declaração fiscal em 2021, em 2020 eram cerca de 31.000 euros.
• O imposto sobre o rendimento cai. A taxa do primeiro escalão (para rendimentos até cerca de 70.000 euros) será reduzida. Além disso, o arbeidskorting (um desconto de imposto para os trabalhadores) vai aumentar. Para isso, o governo tem destinado 500 milhões de euros.
• As deduções para trabalhadores independentes será ainda mais alargada.
• O governo decidiu não conceder indemnização a pessoas que não se opuseram ao chamado imposto sobre a poupança. A Suprema Corte indicou anteriormente que essa compensação não seria obrigatória e, se todos fossem compensados sem uma queixa formal, o custo seria enorme para os cofres do Estado. O governo prefere usar esse dinheiro para outras questões, como medidas de aumento de poder de compra para a classe baixa e média.

Energia

• À última hora, chegou-se na segunda-feira a um acordo sobre um preço máximo para a energia até o final do próximo ano. A medida será aplicada a partir de 1 de janeiro, mas na prática, a conta de energia já será reduzida a partir de 1 de novembro. O teto aplica-se a um consumo médio de gás e eletricidade. Acima disso, pagará o preço de mercado, para que permaneça o incentivo da poupança de energia.
• Além disso, haverá um fundo de emergência para pessoas que não podem pagar a conta de energia. O governo reservou 50 milhões de euros para isso. Também foi acordado que ninguém será alvo de corte de energia ou gás entre outubro e abril por falta de pagamento. Deverão ser feitos acordos de pagamento flexíveis, concordou o governo com os fornecedores de energia.
• Haverá também um subsidio de energia para os de menor rendimento. Os municípios podem, tal como este ano, voltar a pagar 1.300 euros no próximo ano a pessoas com rendimentos não superiores a 120 por cento do mínimo social. Eles também podem pagar parte do subsídio do próximo ano este ano.
• O governo também vai ajudar no custo do combustível: a redução dos impostos especiais sobre a gasolina e o diesel será prorrogada até 1 de julho de 2023.

Saúde

• Todos os anos, o governo define o prémio para o seguro básico com base nos custos de saúde esperados. O governo espera que o prémio do seguro de saúde aumente em 11 euros por mês no próximo ano. Isso equivale a um prémio de 137 euros por mês.
• Este valor é apenas uma estimativa. As seguradoras de saúde não precisam concordar com o número apresentado pelo governo e podem assim determinar o seu próprio prémio para o seguro de saúde. Geralmente elas não se desviam muito do prémio calculado pelo governo.
• Para promover a saúde, o imposto especial sobre refrigerantes e tabaco aumentará no próximo ano.

Estudantes

• Há uma boa notícia para os estudantes que estão alojados em quartos: a partir de setembro de 2023, os estudantes não residentes receberão 165 euros extras por um ano letivo. Isso soma-se à bolsa básica, que será reintroduzida a partir de 2023/2024.
• 1.000 milhões de euros foram reservados como compensação para estudantes que não tinham direito à bolsa de base.

O proprietário da rede de supermercados Jumbo, Frits van Eerd, foi libertado hoje, mas continua a ser suspeito na investigação de lavagem de dinheiro, disse o Ministério Público. O empresário de 55 anos de Brabant foi detido terça-feira numa mega-operação policial.

O principal suspeito de 58 anos, do município de Aa e Hunze, ainda está sob custódia. Uma mulher de 57 anos de Gasteren também foi libertada, mas continua como suspeita, assim como Van Eerd.

Cinco outros suspeitos, que também foram detidas no caso, já tinham sido liberados durante esta semana. Tratam-se de uma mulher de 48 anos de Gasteren, uma mulher de 50 anos de Assen, um homem de 33 anos e um homem de 46 anos de Assen e um homem de 68 anos de Rosmalen. Eles também continuam como suspeitos neste caso.

Na terça-feira a Policia entrou na propriedade de Van Eerd em Heeswijk-Dinther. Essa ação fez parte de uma grande investigação de lavagem de dinheiro, na qual também foram realizadas operações policiais em outras localidades do país. Van Eerd foi então detido para interrogatório. Ele é suspeito no caso, assim como os outros oito.

O Ministério Público suspeita que os nove estejam envolvidos em branqueamento de capitais e de bens. Isso terá sido feito por meio de imóveis, depósitos em dinheiro questionáveis, comércio de carros e patrocínio a equipas de desportos motorizados. A Jumbo é, entre outras coisas, patrocinadora da equipa de ciclismo e patinagem Jumbo-Visma. O piloto de Fórmula 1, Max Verstappen, também tem um acordo de patrocínio com a rede de supermercados. Além disso, a Jumbo também diz que está a investir dinheiro em outros talentos desportivos promissores que "têm potencial para se tornarem um ícone desportivo da sociedade". Por exemplo, a Jumbo é patrocinadora do piloto de motocross Jeffrey Herlings, bicampeão mundial no MXGP.

Há igualmente fortes suspeitas em fraude com o IVA.

Uma equipa de investigadores holandeses do hospital universitário Amsterdam UMC criou um exame de sangue que pode ajudar a diagnosticar certos tipos de cancro nos seus estágios iniciais, mas o método ainda não é confiável o suficiente para ser usado na triagem em massa, relata o Volkskrant.

Os líderes da equipa, Myron Best e Tom Würdinger, analisaram as plaquetas sanguíneas como marcadores de um certo tipo de tumor cancerígeno. A probabilidade é que as plaquetas mudem de acordo com o tipo de cancro, segundo Best. “Elas também formam um escudo em torno das células cancerosas que entram na corrente sanguínea. Estamos a tentar melhorar na interpretação das diferentes formas das plaquetas”, disse ele ao jornal.

O trabalho de diagnóstico subsequente foi deixado para um computador. Cerca de duas mil amostras de sangue de pessoas com e sem cancro foram analisadas usando um programa de autoaprendizagem que foi ensinado a reconhecer as formas de plaquetas que estavam ligadas a quais tipos de cancro.

O computador foi capaz de diagnosticar 18 tipos de cancro, tanto nos estágios iniciais quanto nos estágios posteriores, descobriram os investigadores. Em pessoas cujo cancro não tinha metástase, o computador diagnosticou corretamente o cancro em cerca de metade dos casos. No entanto, o teste provavelmente não será usado em exames em massa porque o programa está a produzir ainda muitos falsos positivos, disse o professor de química clínica Eleftherios Diamandis, da Universidade de Toronto, ao jornal em uma reação à investigação.

Isso significaria que de cada 100 pessoas diagnosticadas com cancro usando este teste, 57 não teriam a doença, geralmente depois de terem passado por mais testes e muito ansiedade, disse ele.

Sjors in't Veld, o investigador científico responsável pelo programa de computador, admite que mais trabalho precisa ser feito para reduzir o número de falsos positivos antes que o teste possa ser amplamente utilizado. “Precisamos de treinar o computador, alimentando-o com milhares de amostras de sangue. Vimos que o software reconheceu espontaneamente dois tipos de cancro que não tinha visto antes. Isso é um sinal de que estamos a caminhar na direção certa”, disse.