Apesar dos altos preços dos combustíveis e do facto de trabalharmos em casa com mais frequência do que há dois anos, haverá mais tráfego na estrada até ao final deste ano do que antes da crise corona, prevê o Instituto de Conhecimento para Política de Mobilidade (KiM), na terça-feira. Isso deve-se principalmente ao crescimento da população e da economia.

Os movimentos nas principais estradas vai crescer 16% este ano em relação ao ano passado, diz o relatório. Se as outras estradas holandesas também forem incluídas, o congestionamento aumenta em 12%. Como resultado, o tráfego total supera o de 2019.

A KiM fez duas previsões para este ano. Na outra previsão, o instituto leva em conta o crescimento económico menos robusto devido à guerra na Ucrânia e os preços dos combustíveis que deverão subir ainda mais. Nesse cenário, o cálculo é menor do que no cenário base, mas ainda há mais tráfego do que antes da pandemia.

Para esses tipos de previsões, o KiM analisa dados do Centraal Planbureau (CPB) sobre o crescimento esperado da economia e da população nos próximos anos. A capacidade da rede rodoviária também está incluída no cálculo.

Como mais pessoas trabalharam a partir de casa desde a crise corona e parece que algumas continuarão a fazê-lo, a KiM reduziu estruturalmente a o tráfego em 1,8% a partir deste ano nos seus cálculos.

O instituto também olhou para além deste ano e prevê que o tráfego nas estradas principais aumentará mais 13% até 2027 em relação a 2019. Em todas as estradas combinadas, o aumento será de 7,4%.

O governo reconhece que o racismo institucional ocorreu dentro da supervisão intensiva da Administração Tributária e Aduaneira (Belastingdienst), mas ao mesmo tempo gira em torno da responsabilidade e das consequências para as vítimas. No passado, as autoridades fiscais colocaram pessoas numa lista negra sem um motivo válido. Uma pesquisa da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) mostrou que a nacionalidade ou um donativo para uma mesquita também desempenharam um papel.

"Extremamente doloroso", o secretário de Estado para as finanças, Marnix van Rij, concluiu assim na Câmara dos Deputados de que houve racismo institucional dentro do fisco.

Ao mesmo tempo, o governo não quer falar em discriminação directa. "Se este é o caso, deve ser avaliado e determinado caso a caso (ou grupo de casos comparáveis)."

A PwC conduziu uma investigação sobre a lista negra no ano passado. Descobriu-se que havia instruções de trabalho que diziam que certas características pessoais, como nacionalidade, deveriam ser levadas em consideração. Também foi feito um perfil do perpetrador. Pessoas com "baixos rendimentos, mas com salário médio de acordo com uma declaração de imposto, geralmente jovens, muitas vezes sem número sócio-fiscal, muitas vezes do sexo masculino e muitas vezes de origem estrangeira" foram incluídos nessa lista negra.

Segundo a PwC, é impossível reconstruir até que ponto este manual foi utilizado pelas autoridades fiscais. Van Rij enfatiza que é "difícil e talvez impossível" avaliar individualmente se uma pessoa na lista negra foi discriminada. Em um sentido geral, ele não pode fazer declarações sobre uma possível discriminação.

No entanto, a Procuradoria de Estado foi consultada sobre as consequências jurídicas de uma possível violação de direitos fundamentais do Homem.

O governo faz uma distinção clara entre os termos discriminação directa e racismo institucional. Só o primeiro conceito tem base jurídica. Se há pessoas envolvidas em racismo, elas podem ser processadas por isso.

No caso do racismo institucional, a situação é mais complicada. Este conceito não está designado na legislação. De acordo com o Instituto de Direitos Humanos (IDH), o racismo institucional acontece quando se tratam de “mecanismos, procedimentos, hábitos ou comportamentos tipicamente enraizados, estruturais, que podem aparecer de muitas formas diferentes e muitas vezes de maneira indirecta, às vezes difíceis e que desfavorecem certos grupos de pessoas com base em sua origem". O governo adopta essa definição.

O racismo institucional, portanto, não requer intenção maliciosa. Segundo Van Rij, as Autoridades Fiscais também “não tinham uma política por trás disso” e trabalhavam “sem má-fé”.

O secretário de Estado destaca ainda que não afectou todo o fisco. Tratava-se do comportamento de "vários funcionários". Foram realizadas reuniões com funcionários e gestores envolvidos sobre os resultados da PwC. Nenhuma pessoa foi demitida por isso.

Um Reconhecimento Difícil

A palavra foi finalmente divulgada na segunda-feira, mas a decisão de reconhecer que havia de facto racismo institucional foi tomada antes do fim de semana. O governo teve que discutir o assunto duas vezes e Van Rij precisou de mais alguns dias para "colocar os pontos nos i's".

O governo queria especialmente lidar com a questão "com cuidado". Van Rij não quer que a Administração Tributária e Aduaneira "tenha uma amputação". Segundo o secretário de Estado, a selecção de risco é e continuará a ser necessária para prevenir abusos e poder controlar adequadamente.

O secretário de Estado chamou anteriormente o método de trabalho do fisco de "repreensível" e "discriminatório", mas não quis falar de racismo institucional na altura. Isso rendeu-lhe críticas do Coordenador Nacional para Discriminação e Racismo, Rabin Baldewsingh, indicado pelo governo.

Trata-se do chamado Fraude Signalering Voorziening (FSV). No passado, o Belastingdienst registou cerca de 279.000 pessoas neste sistema, sem o seu conhecimento. Elas acabaram na lista negra de fraudes por vários motivos e foram considerados suspeitos de fraude pelas autoridades fiscais por muitos anos, sem provas e sem conhecimento dos próprios.

Isso teve consequências importantes para alguns. Por exemplo, os acordos de pagamento ou o acesso à liquidação amigável da dívida foram recusados. As autoridades fiscais pararam de usar a lista em Fevereiro de 2020.

O governo está actualmente a criar um mecanismo de compensação para as pessoas que sofreram essas consequências directas. Estima-se que se trata de um grupo entre cinco mil e quinze mil vítimas.

A Gazprom, a gigante estatal russa do gás, deixará de fornecer gás à empresa holandesa GasTerra na terça-feira. O comerciante de gás, que é propriedade da Shell, Esso Nederland e do Estado holandês, entre outros, recusa-se a pagar o gás em rublos. A GasTerra não prevê problemas, pois já comprou gás em outros lugares. O ministro do Clima e Energia, Rob Jetten, diz que o fornecimento de gás aos lares holandeses não está em perigo.

A Rússia anunciou no final de Março que os pagamentos pelo gás do seu país deveriam passar a ser feitos em rublos. O país fez isso em resposta às sanções ocidentais impostas, depois de que a Rússia atacou e invadiu a vizinha Ucrânia no final de Fevereiro. A Holanda não é o primeiro país que deixou de ser abastecido com gás. Já antes, Polónia, Bulgária e Finlândia também foram afectadas pelo mesmo motivo.

A GasTerra tinha um contracto com a Gazprom para o fornecimento de 2 mil milhões de metros cúbicos de gás até o final de Setembro. Depois disso, o contracto expiraria. O preço do gás na principal bolsa de valores de Amsterdam disparou após o anúncio da GasTerra, mas por pouco tempo.

"É impossível dizer de antemão que impacto a perda de 2 mil milhões de metros cúbicos de gás russo terá na situação de oferta e procura e se o mercado europeu pode absorver essa perda de oferta com consequências limitadas", escreveu a GasTerra no seu comunicado.

Segundo a empresa, "o mercado holandês necessita cerca de 35 a 40 mil milhões de metros cúbicos de gás por ano", disse um porta-voz. A parcela de gás russo que actualmente deixará de entrar é, portanto, de cerca de 5%. A empresa não faz nenhuma declaração sobre o preço do gás de reposição. "Estimamos antecipadamente que isso poderia acontecer, então é por isso que compramos gás em outro lugar."

A decisão da Gazprom não significa que deixará de haver gás russo a chegar à Holanda. Isso ainda é possível através do mercado de gás europeu. Por exemplo, o fornecedor de energia holandês Eneco ainda tem um contracto com uma subsidiária da Gazprom.

Além das famílias, as empresas não sofrerão desvantagens como resultado da decisão da Gazprom, disse o ministro Jetten na segunda-feira. O governo continuará a acompanhar de perto os desenvolvimentos. Também compreende a decisão da GasTerra de não concordar com a exigência unilateral da Gazprom de receber a factura de gás em rublos a partir de agora.

O Esquema Russo

A Rússia exige que as empresas de gás abram uma conta em euros e outra em rublos no Gazprombank. As empresas de gás europeias podem continuar a pagar em euros, após o que o banco converte o dinheiro em rublos e paga à Gazprom. O GasTerra acha que isso pode violar as sanções europeias, mas também considera os pagamentos em rublos muito arriscados porque o dinheiro do Gazprombank está sob controle total russo.

A GasTerra diz que tem repetidamente instado a Gazprom a aderir aos acordos feitos. O comerciante de gás holandês está agora a considerar uma acção legal contra a Gazprom. "Há de facto uma quebra de contracto. Isso tem algumas consequências", disse o porta-voz.

O ministro da saúde Ernst Kuipers leva muito a sério o alerta da Autoridade Holandesa de Segurança de Alimentos e Produtos de Consumo (NVWA) sobre os riscos das palhinhas de papel. Pedaços de papel podem cair e ser engolidos, com um aumento de risco considerável de asfixia em crianças mais pequenas. O ministro Kuipers escreveu em carta ao parlamento que a indústria deveria procurar alternativas mais seguras.

Em Abril , a NVWA alertou sobre os riscos das palhinhas em papel, principalmente para crianças e pessoas com deficiência. Pedaços de papel saíam regularmente e ficavam presos na garganta das crianças. A NVWA recebeu quatrocentos desses relatos.

Não causou asfixia em nenhum dos casos. No entanto, a NVWA aconselhou os pais e cuidadores a ficarem próximos se deixarem crianças ou pessoas com deficiência beberem algo com uma palhinha de papel.

Kuipers escreveu que estava satisfeito com o aviso da NVWA. "Este é um risco, que acredito que deve levar a indústria que comercializa esses produtos a procurar uma alternativa às palhinhas de papel actuais."

No entanto, os riscos não são motivo para o ministro proibir o uso de palhinhas de papel. As de plástico foram proibidas como resultado das regulamentações europeias desde o ano passado porque representam um risco para o meio ambiente. Embora Kuipers espere que uma alternativa seja encontrada, ele não acredita que as palhinhas de plástico devam ser reintroduzidas.

A alternativa deve vir, segundo o ministro, da indústria. "O fabricante é sempre responsável pela segurança do seu próprio produto. Isso também se aplica neste caso."

Shell, ExxonMobil e a sua parceria NAM, tentaram influenciar uma decisão do governo de extrair gás natural da província de Groningen em 2012 e 2013, apesar dos avisos da inspecção de mineração SODM, informou o NRC este fim de semana.

Em 2013, um volume recorde de gás foi extraído em Groningen, apesar do alerta dos inspectores de que a produção deveria ser reduzida tão rapidamente e tanto quanto fosse realista. O alerta ocorreu após o terremoto mais forte até hoje, em Huizinge, em 2012. No entanto, o então ministro da economia, Henk Kamp, colocou as preocupações dos inspectores de lado e permitiu que a extracção de gás continuasse a níveis recordes, disse o jornal.

Ele baseia a informação em 300 páginas de documentos confidenciais da Maatschap Groningen, a organização composta pela NAM, Shell, ExxonMobil e a empresa estatal de energia EBN, juntamente com altos funcionários públicos. O grupo reunia regularmente para discutir as decisões do governo sobre gás e a estratégia de comunicação.

O NRC diz que as actas das reuniões mostram como o governo e o sector privado trabalharam juntos, mantendo-se informados sobre os desenvolvimentos políticos relevantes e tentando orientar as decisões a seu favor. Em 2012, a inspecção de mineração pediu que as produções de gás fossem encerradas por causa do risco de terremotos mais graves e os membros do comité estavam cientes disso antes dos ministros, disse o NRC. 

Com o risco de cerca de 80% das casas terem de ser demolidas, membros do Maatschap Groningen tentaram moderar as recomendações da inspecção, dizendo que ela “tirou conclusões de longo prazo muito rapidamente” e que elas “não foram compartilhadas por outros”, disse o jornal.

Evidências

Em meados de Janeiro de 2013, as empresas petrolíferas estavam já avisadas para aceitar que a extracção de gás poderia levar a terremotos 10 vezes mais fortes do que se pensava anteriormente, mas disseram que as “evidências não apoiavam” o conselho para reduzir a extracção de gás.

Apesar da recusa da SODM em ceder nas suas descobertas, Kamp disse que queria que mais pesquisas fossem realizadas antes de tomar uma decisão. Em 2013, 53,8 mil milhões de metros cúbicos foram bombeados sob a província, a maior quantidade desde 1981, em parte devido ao inverno mais frio desse ano. Desde então, o governo ordenou um inquérito parlamentar sobre a exploração dos campos de gás de Groningen, que agora estão a ser encerrados por causa dos terremotos e do impacto sobre os habitantes locais.

O ministério da economia recusou-se a comentar as reportagens do jornal antes do inquérito parlamentar. A NAM disse à emissora NOS que o seu foco era garantir que houvesse gás suficiente para atender às necessidades durante o inverno. A Shell disse ao NRC que todos os envolvidos na indústria do gás, incluindo representantes do governo, faziam parte do Maatschap Groningen.

Terramotos

Mais de 1.000 terremotos de até 3,6 na escala Richter atingiram a província desde 1986. Até agora, mais de 126.000 relatórios de danos causados pelos terremotos foram entregues a um instituto oficial do governo criado para processar as reclamações e mais de € 1,15 mil milhão foram foram reservados para proprietários de casas e outros edifícios para pagar as indemnizações por danos.

O novo governo também tem um ministro com responsabilidade específica para apurar a compensação para as pessoas cujos bens foram danificados. O ministro responsável pela mineração, Hans Vijlbrief, disse no início de Abril que o governo vai avançar com os seus planos de interromper a produção até 2023 para garantir a segurança das pessoas que vivem na província.

Os campos de gás de Groningen, disse ele, são a solução definitiva se o suprimento de gás para hospitais e residências particulares acabar. Os críticos dizem que a decisão é incompreensível, dada a incerteza do fornecimento de energia após a invasão russa da Ucrânia e a decisão de eliminar gradualmente o uso de energia russa.

O aeroporto de Schiphol publicou um plano de quatro pontos para reduzir a pressão sobre os funcionários e passageiros nas próximas semanas, após dias de longas filas e cenas de revolta e algumas agressões. O plano envolve empregar o maior número possível de funcionários de segurança, melhorar os salários em todo o aeroporto e simplificar os movimentos de passageiros pelo terminal, por exemplo, reduzindo a quantidade de bagagem de mão.

A autoridade aeroportuária também disse que as companhias aéreas que não usarem os slots não os perderão num período até 28 de Agosto. Eles esperam que isso incentive as companhias aéreas a não usar os slots se realmente não precisarem deles ao venderem poucos bilhetes para o serviço desse dia, podendo assim voos com pouco passageiros serem adiados para mais tarde, permitindo as companhias encherem os aviões, sem correr o risco de perderem as suas posições.

O aeroporto sofre com a falta de funcionários desde os feriados de Abril, quando as filas para passar pela segurança eram tão longas que algumas pessoas perderam voos. As companhias aéreas também cancelaram serviços ou os transferiram para outros aeroportos. O presidente-executivo de Schiphol, Dick Benschop, disse que as medidas não acabariam com as filas, mas disse que prometeu que os passageiros teriam uma "experiência agradável em Schiphol".

A KLM também disse que reduzirá a venda de passagens de última hora nos próximos dias para manter espaço aberto para pessoas que precisam remarcar os seus voos devido a cancelamentos ou porque não conseguiram enfrentar as longas filas a tempo de chegarem aos seus respectivos voos. Vários passageiros confidenciaram ao Portugueses na Holanda na quinta-feira que gastaram apenas uma hora para passar pelas verificações de passaporte e segurança. "Funcionou muito bem e a maioria das pessoas estava de bom humor", disse um deles.

A Holanda pode esperar uma perda de prosperidade e uma possível recessão. Os economistas-chefes dos principais bancos, ING, Rabobank e ABN Amro, falaram sobre isso no programa de TV Buitenhof. Ainda existem inúmeros factores, como a rapidez com que o fornecimento de gás da Rússia será interrompido, se haverá um aumento da taxa de juros do Banco Central Europeu (BCE) e como a pandemia se desenrola na China.

Tudo ficará mais caro "não importa o que aconteça", segundo Ester Barendregt, do Rabobank. "Estamos a perder prosperidade, é isso que está a acontecer agora. A inflação alta diminuirá, mas não muito rapidamente", conta.

Marieke Blom (ING) disse que a rapidez com que nos livramos do gás russo terá um grande papel no que vem a seguir. "Se isso acontecer hoje, o aquecimento ficará ainda mais caro assim que os contratos expirarem. A inflação está alta. O poder de compra será perdido, as pessoas não poderão mais gastar dinheiro com outras coisas e ficará mais caro para as empresas produzirem. Estaremos assim a entrar em recessão, que acredito ser o maior risco que paira sobre a economia holandesa este ano."

Um possível aumento da taxa de juros pelo BCE também paira sobre a economia. Os efeitos disso levarão tempo para se mostrarem e esse é "o dilema" para a presidente do BCE, Christine Lagarde, segundo Sandra Phlippen (ABN AMRO). "A grande questão é se o aumento da taxa de juros é compatível com os fortes aumentos de preços que se tornarão perceptíveis para os consumidores após o Verão. Se isso fizer com que o poder de compra se deteriore, entraremos em recessão e nesse caso, então o aumento da taxa de juros será realmente errado."

A última informação do BCE era um aumento de 0,5% na taxa de juro europeia.

A China também desempenha um papel importante na questão de saber se a Holanda entrará em recessão, diz Phlippen. "Um quarto da população está confinada lá desde Abril. Como resultado, a produção parou parcialmente. Isso pode atrapalhar as cadeias de produção e aumentar a inflação".

A economia holandesa não está em má forma, de acordo com Phlippen. "Este ano temos um crescimento médio de alguns por cento. Este mercado de trabalho apertado pode fazer bom uso do desemprego, estranhamente. E temos entre 40 e 50 mil milhões de euros em poupança em contas. As pessoas vão usar isso para manter o nível de vida das famílias."

A polícia prendeu 72 pessoas em Rotterdam na noite de quarta-feira depois da derrota do Feyenoord na final da Liga da Conferência contra a AS Roma (1-0). Houve problemas em muitos locais da cidade.

Motins eclodiram em vários lugares da cidade. De acordo com um porta-voz da polícia, houve vários incidentes e agressões na cidade. Vários agentes da policia foram atingidos com pedras e garrafas. Dois sofreram ferimentos leves ao serem atingidos por vidros e uma pedra.

Os manifestantes causaram "destruição substancial", disse o porta-voz. Um metro ligeiro e um autocarro também foram danificados. Especialmente no centro foram ouvidos muitos fogos de artifício pesados.

A unidade móvel da Polícia de Intervenção (ME) foi obrigada a actuar em vários incidentes. Canhões de água também foram usados ​​na Coolsingel para obrigar as pessoas a abandonar o local. A situação acalmou na cidade por volta da 1h.

A polícia não descarta novas prisões e pede a testemunhas que compartilhem imagens de câmaras de segurança ou de telemóvel para que outras pessoas possam ser identificadas.

Durante a final havia muita polícia no centro da cidade. Também antes da partida, houve fortes estrondos de fogos de artifício pesados ​​na Stadhuisplein e Lijnbaan, entre outros locais na zona. Além disso, os adeptos detonaram bombas de fumo e sinalizadores. A polícia não interviu nestas situações.

Durante a partida, a cidade esteve calma, embora Rotterdam certamente não estivesse a dormir. A calma aparente deu a alguns agentes a oportunidade de ver parte da final também.

Após o apito final em Tirana, os primeiros adeptos saíram decepcionados das praças onde vários ecrãs foram instalados para ver o jogo. Mas durante os primeiros momentos não houve problemas. Apenas após meia hora após a derrota é que os eventos do Feyenoord em Rotterdam começaram a ficar inquietas.

O sistema tributário holandês para a comum pessoa deve passar por uma grande revisão, porque é muito complicado para muitos contribuintes. Disse Klaas Knot, presidente do De Nederlandsche Bank (DNB), na manhã de segunda-feira no programa de TV Goedemorgen Nederland da emissora WNL.

Knot destacou que cada vez mais pessoas encontram dificuldades para preencher as suas declarações de impostos. Ele apontou especialmente para o "circo de sobretaxa", que as pessoas parecem não entender.

Segundo Knot, já se passaram vinte anos desde a última revisão completa do sistema tributário. Desde então, cada vez mais políticos se envolvem nas actualizações do sistema. "Aquela árvore de Natal está ficando cada vez mais pesada", explicou. Ele acredita assim que o momento é propício para uma revisão fundamental. Simplificar o sistema deve torná-lo mais fácil de entender para todas as pessoas.

Knot também foi questionado no programa sobre os sinais crescentes de uma possível recessão. O presidente do DNB disse que certamente levaria em conta qualquer contracção da economia, embora acredite que não será tão rápido. Se a economia já apresenta uma leve desaceleração, também é importante, segundo Knot, que isso não seja "dramatizado".

Knot reconhece que a inflação está muito alta no momento. Isto é principalmente o resultado do aumento dos preços da energia e dos alimentos. As intervenções do De Nederlandsche Bank não podem mudar isso tão rapidamente, disse ele.

O presidente também disse que é importante que o medo da inflação "não crie raízes" na economia. Por exemplo, ele alertou para a espiral salário-preço, em que o aumento dos custos salariais é repassado pelos produtores nos preços. Os preços mais altos, por sua vez, levariam novamente a aumentos salariais, pois os trabalhadores querem manter o seu poder de compra, mas desta forma, inicia-se um ciclo vicioso de aumento de inflação em sistema de causa - efeito pelo aumento dos salários.

O governo reconhece que houve racismo institucional em parte da Administração Tributária e Aduaneira (Belastingdienst). Essa decisão foi tomada na quarta-feira no Conselho de Ministros, confirmam fontes à imprensa, após um relatório da RTL Nieuws. O secretário de Estado Marnix van Rij (Finanças) ainda precisa "por os pontos nos i's". Após o fim de semana, seguir-se-á o reconhecimento oficial e uma carta ao parlamento.

É conhecida no passado a lista negra do Belastingdienst, na qual muitas pessoas acabaram sem razão aparente ou justificada. Uma pesquisa publicada no final de Março mostrou que a nacionalidade desempenhou um grande papel nessa lista.

Os ministros também discutiram o assunto na semana passada, mas não conseguiram resolver o assunto nessa altura. Na quarta-feira, de acordo com Van Rij, outra discussão "boa e cuidadosa" foi realizada. Ele anunciou depois que uma decisão já havia sido tomada; 

O secretário de Estado não quis falar muito mais sobre isso. "Ainda temos que por os pontos nos i's."

Van Rij chamou o método de trabalho das autoridades fiscais de "repreensível" e "discriminatório" em Março passado, mas ainda não quis falar de racismo institucional nessa altura.

Isso rendeu críticas do Coordenador Nacional para Discriminação e Racismo, Rabin Baldewsingh, indicado pelo governo. Segundo ele, há racismo institucional se políticas e regras (não) escritas de instituições ou organizações levam a um tratamento desigual com base na origem, etnia ou religião.

Consequências

Parece que o governo luta com a correcta formulação do conceito de racismo institucional e tem medo de possíveis consequências jurídicas, como pedidos de indemnização. Além disso, quer evitar que o reconhecimento se espalhe para toda a instituição do Belastingdienst.

"Não se trata de criticar as pessoas agora, especialmente as autoridades fiscais", disse Van Rij na quarta-feira, sem dizer claramente que o governo reconhecerá que houve racismo institucional nas autoridades fiscais.

Segundo o secretário de estadio, esses eram “padrões que se infiltram em uma organização” e, portanto, ocorreram “sem querer”. Van Rij também enfatizou que a questão ocorreu no passado. "Somos uma organização que aprende com o presente. Não queremos ser julgados pelo passado, mas também não queremos empurrá-lo para debaixo do tapete."

O racismo institucional é um processo difícil para o governo. Somente em 2020, sob pressão de protestos antirracismo em todo o mundo, o primeiro-ministro Mark Rutte reconheceu que também ocorre na Holanda.

Lista Foi Destruída Em 2020

A questão gira em torno do chamado Fraude Signalering Voorziening (FSV/Lista de Sinais de Fraude). No passado (a partir de 2010) o Belastingdienst registou cerca de 279.000 pessoas nesta aplicação, sem o seu conhecimento.

Os cidadãos foram incluídos na lista por vários motivos, inclusive por causa de um sinal de risco de fraude. Uma investigação da consultoria PwC mostrou que havia instruções de trabalho que indicavam que certas características pessoais deveriam ser levadas em consideração. Por exemplo, a nacionalidade de alguém foi um dos motivos para estimar o risco de fraude mais alto, mas também, por exemplo, doações a mesquitas.

Também foi feito um perfil do perpetrador. Pessoas com "baixo rendimento, salário acima da média de acordo com a declaração de imposto, geralmente jovens, muitas vezes sem número sócio fiscal, muitas vezes do sexo masculino e muitas vezes de origem estrangeira" foram incluídos na lista para serem observados mais de perto. Como resultado, parte do Belastingdiensta olhou mais para as características pessoais do que para as características fiscais.

Essa selecção foi feita manualmente. Assim, de acordo com as Autoridades Fiscais, o método de trabalho não pode ser totalmente reconstruido e não é claro em que escala ocorreu a selecção por características pessoais. Os cidadãos também foram colocados no FSV por outras razões.

A lista negras de fraudes lembra o escândalo dos benefícios fiscais, o conhecido toeslagenaffaire que levou inclusive à demissão em bloco do governo, embora este seja um sistema diferente, mas que estava interligado. As pessoas na lista foram consideradas suspeitas de fraude pelas autoridades fiscais durante anos seguidos, sem nunca o terem praticado.

Isso teve consequências importantes para cinco mil a quinze mil pessoas na lista. Por exemplo, os acordos de pagamento e o acesso à liquidação amigável da dívida eram rejeitados a essas pessoas. As autoridades fiscais pararam o FSV em Fevereiro de 2020, depois que o caso foi revelado pela RTL Nieuws e Trouw .

O governo está actualmente a preparar um forma de compensação para as vítimas.

O défice orçamental da Holanda aumentará para 3,4% este ano, novamente acima do padrão europeu dos 3%. Isto é evidente no Voorjaarsnota (Memorando da Primavera) do Ministério das Finanças. Para combater isso, vários impostos vão aumentar, enquanto outros pontos no orçamento serão retirados ou reduzidos. A decisão para a chamada regra dos 30 por cento, que prevê uma redução do imposto sob o rendimento para expatriados recrutados no exterior, será reduzida. O governo também pretende gastar muito mais dinheiro para compensar as famílias pelos preços altos da energia.

"Ombros fortes terão que carregar mais fardos", disse a ministra das Finanças, Sigrid Kaag. No Memorando da Primavera, Kaag indica o estado actual do orçamento deste ano. O défice orçamental cairá novamente abaixo de 3% nos próximos anos, disse ela. Em seguida, provavelmente deverá ficar entre 2,5 e 3%. A dívida do governo permanece mesmo assim abaixo do padrão europeu de 60%. É de 52,9% e aumentará para 54,9% em 2025.

O governo pretende arrecadar milhares de milhões de euros com a mudança nas taxas de impostos e descontos que afectam principalmente as pessoas com alta riqueza e de rendimentos altos. Isso compensará as cerca de 60.000 pessoas que se opuseram com sucesso ao método usado para calcular o imposto sobre os activos. O aumento da pensão estatal, que historicamente cresce na mesma proporção do salário mínimo, também é parcialmente financiado por isso, embora os próprios reformados também paguem uma parcela considerável.

O secretário de Estado Marnix van Rij anunciou que o governo teve que procurar 3,6 mil milhões de euros para compensar os queixosos pelo imposto sobre activos da Box 3, pago indevidamente pelos contribuintes. O grupo que será indemnizado pode até ser maior, mas isso será decidido só no final do ano. O governo decidiu não aumentar a isenção de impostos, conforme planeado originalmente. Actualmente, as pessoas não pagam imposto sobre os activos de até 50.000 euros, que é duplicado para pessoas que se declaram sócios fiscais. O governo queria aumentar este montante para 80.000 a partir de 1 de Janeiro do próximo ano, mas isso não vai acontecer.

Também era preciso muito dinheiro para aumentar a pensão do Estado quando o salário mínimo aumentasse. A oposição impôs isso no Senado. Parte desse dinheiro será pago com o corte do apoio ao rendimento para aposentados, chamado IOAOW, nos próximos dois anos. A proposta de aumento do crédito fiscal para o reformado também será descartada. Os idosos contribuirão, portanto, significativamente para o aumento da sua própria reforma AOW, a pensão do Estado.

A decisão em relação à regra dos 30%, um benefício fiscal para expatriados, também vai sofrer mudanças. A regra dos 30% é direccionada a pessoas altamente qualificadas e recrutadas no exterior para trabalhar na Holanda. Os qualificados para receber esse beneficio fiscal tinham uma isenção de imposto em 30% do seu rendimento.

Em breve, isso apenas se aplicará apenas até um limite de rendimento de 216.000 euros por ano. Esse limite, conhecido como Norma Balkenende, equivale a 130% do que um ministro ganha.

Aqueles com investimentos em habitação secundária também terão que pagar mais, de acordo com Van Rij. Qualquer pessoa que compre uma casa para alugá-la, em breve pagará mais de 10% no imposto de transferência. O governo inicialmente queria aumentar essa taxa de 8%  para 9% do valor da casa.

Pessoas com uma participação substancial em uma empresa também vão pagar mais impostos a partir de um determinado nível de rendimento.

Pela primeira vez, o governo fornece informações sobre os planos que deseja implementar nos próximos anos. Normalmente, isso só é lançado em Setembro no Prinsjesdag. Este novo sistema dará à Câmara dos Deputados mais oportunidades para influenciar o orçamento do próximo ano.

O governo gastará 6,4 mil milhões de euros para mitigar o aumento dos preços da energia. Esse foi um dos vários planos que já foram conhecidos nos últimos dias. O Ministério da Defesa receberá mais 2,2 mil milhões de euros para que o padrão da OTAN seja alcançado em 2024 e 2025. Isso está de acordo com o que a Câmara dos Deputados queria e é uma resposta à guerra na Ucrânia.

Além disso, cerca de 2,5 mil milhões de euros estão destinados ao aumentar o salário mínimo em etapas até 7,5%. De acordo com a ministra dos Assuntos Sociais, Karien van Gennip, esta é uma “boa notícia” para pessoas com a carteira apertada. No entanto, ela duvida que o aumento seja suficiente para todos, porque a inflação sobe muito rápido. Por enquanto, a pensão do estado AOW crescerá junto com esse aumento, decidiu o governo.

Problemas no trânsito em redor de Rotterdam? Para além de um acidente que fechou a A20 na Terbregseplein em direcção a Den Haag, a polícia deteve ainda 175 manifestantes durante um protesto climático no centro de Rotterdam e no Maasvlakte. A Extinction Rebellion tem vindo a fazer campanhas contra o uso de energia fóssil na cidade há vários dias.

Os activistas da Extinction Rebellion bloquearam o trânsito na Weena, bem no centro da cidade, em frente ao edifício da Shell, junto à Rotterdam Centraal. 110 pessoas acabaram aqui detidas, mais 65 em Maasvlakte. Ambos os locais estiveram encerrados ao trânsito.

A polícia de Rotterdam diz que os activistas foram alertados várias vezes a sair do local. "Quem não sair agora será preso", alertaram. Vários manifestantes colaram-se com super cola ao asfalto e acorrentaram-se a veículos. A maioria envergavam faixas com frases de protesto e palavras de ordem. "Deixe a indústria de combustíveis fósseis morrer", lia-se em um. Garrafas com tinta vermelha também foram atiradas contra a fachada dos escritórios da petrolífera.

O grupo de activistas anunciou também que várias pessoas se acorrentaram a uma ferrovia industrial de acesso ao Maasvlakte. Desta forma, eles queriam parar o transporte de carvão para a central eléctrica aí existente. Também bloquearam as estradas de acesso, entre outras, à empresa Europees Massagoed Overslagbedrijf (EMO). Essa empresa lida com o transporte de carvão.

A EMO confirmou que as manifestações decorreram junto à empresa, mas disse que os manifestantes não entraram no local. "Há pessoas nos trilhos e, portanto, nenhum transporte ferroviário pode ocorrer, mas não é o caso de toda a operação ter sido interrompida." A Onyx Power, que opera a central, disse que o trabalho continuou como de costume.

A Shell realizou uma assembleia de accionistas em Londres esta terça-feira. Os activistas climáticos também manifestaram a sua presença. Três deles acabaram presos, informou o canal de notícias britânico ITV . Também aqui, vários manifestantes colaram-se em cadeiras no corredor do quartel-general da empresa petrolífera. A reunião acabo por ser interrompida devido às acções disruptivas dos activistas.

Volta o caos a Schiphol. Os viajantes fazem fila de horas para os balcões de check-in e para os controles de segurança. Schiphol já avisou que as multidões durariam pelo menos até o Verão, mas os passageiros ainda se surpreendem todos os dias com o caos que começou há exactamente um mês com uma greve da equipa de manuseamento de bagagens da KLM.

A fila para o check-in agora começa fora do terminal de embarque de Schiphol. O aeroporto instalou uma rota coberta que deve levar os viajantes ao terminal em ziguezague. Esperar uma hora e meia até o balcão de check-in não é excepção e depois ainda precisa entrar na fila para a verificação de segurança. Nas partidas 2 e 3, também pode haver tempos de espera para o controle de passaportes.

Schiphol não consegue recrutar pessoal suficiente para fazer o check-in de passageiros, verificar, carregar ou descarregar a bagagem. De acordo com Schiphol, estará assim movimentado até ao Verão já a contar com os feriados do mês de Maio de Junho, que começam a 26 de Maio. Para piorar a situação dos passageiros, a equipa de manuseamento de bagagens da KLM deixou de fazer horas extras em protesto contra as más condições de trabalho.

Apesar das desculpas e da promessa de melhorias do director de Schiphol, Dick Benschop, ainda há longas filas, atrasos, cancelamentos e viajantes que perdem os seus voos devido aos problemas no aeroporto. De acordo com um porta-voz de Schiphol, é especialmente movimentado aos fins de semana. No momento, o aeroporto não espera um caos maior no próximo fim de semana da Ascensão (Hemelvaart), que começa na quinta-feira.

Na próxima quarta-feira, a Câmara dos Deputados vai debater com o Ministro das Infra-estruturas  e Gestão da Água, Mark Harbers, sobre o caos que se vive em Schiphol, entre outros problemas. Harbers já repreendeu o aeroporto e quer que Schiphol apresente um plano de acção para evitar multidões deste nível ​​no próximo Verão. Segundo o ministro, não se trata de "má gestão" da Direcção do aeroporto, escreveu ele em carta à Câmara a 13 de Maio.

Para os portugueses que viajam no próximo Verão por via aérea para Portugal, convém estarem atentos às informações das companhias aéreas e a mudanças repentinas nos seus voos.

Ao que tudo indica, mais gás terá de ser extraído do campo de gás natural de Groningen do que se pensava anteriormente. A entrega de uma fábrica de nitrogénio para garantir que possamos usar gás estrangeiro foi adiada novamente. O secretário de Estado Hans Vijlbrief (Mineração) informou a Câmara dos Deputados através de uma carta.

Segundo o secretário de estado, a extracção de gás manter-se-á num nível mínimo, mas poderá ser "limitadamente superior" em resultado desta evolução. Isso não será hoje ou amanhã, mas o mais cedo possível antes do inverno chegar.

Vijlbrief diz que fechar o campo de Groningen o mais rápido possível continua a ser o ponto de partida. "Também estou preparado para fazer todo o possível para manter a extracção de gás o mais baixa possível. Também é importante que não haja riscos para a segurança do abastecimento no próximo inverno."

O gás de Groningen é o chamado gás de baixo teor calórico. Este é o tipo de gás com que funcionam as nossas caldeiras de aquecimento central. O gás estrangeiro é mais rico em calorias. O nitrogénio pode ser usado para fazer gás de baixo teor calórico a partir de gás de alto teor calórico.

Para acabar de vez com o gás de Groningen, uma nova fábrica de nitrogénio precisa de ser construída na vila de Zuidbroek, em Groningen. A sua construção foi adiada devido à crise corona e agora parece que levará ainda mais tempo antes que a fábrica possa ser colocada em operação, devido à dificuldade de logística de materiais e de mão de obra.

Isso será em Setembro deste ano, no mínimo.

Nos próximos anos, o contraterrorismo na Holanda vai-se concentrar no radicalismo da extrema direita. Isso é afirmado na Estratégia Nacional de Contraterrorismo que a Ministra Dilan Yesilgöz (Justiça e Segurança) enviou à Câmara dos Deputados na sexta-feira. Também haverá mais atenção para solitários com visões extremistas, "muitas vezes em combinação com sentimentos antigovernamentais extremos e ideias de conspiração".

A estratégia anterior do Coordenador Nacional de Segurança e Contraterrorismo (NCTV) do Ministério da Justiça e Segurança data de 2016. “Aquele foi um período diferente”, diz Yesilgöz.

Naquela época, ainda acontecia muita coisa em torno dos desenvolvimentos da organização terrorista do Estado Islâmico. Mas online e na dark web, agora é evidente que os solitários representam uma ameaça real, de acordo com Yesilgöz. Nos próximos quatro anos, mais atenção será dada a isso, tanto online quanto "na rua".

O relatório anual do Serviço Geral de Inteligência e Segurança (AIVD) para 2021 já mostrava que o extremismo de direita e os protestos antigovernamentais se tornaram um problema de segurança maior.

De acordo com o AIVD, todos os tipos de movimentos extremistas de direita compartilham uma visão do mundo "na qual a população branca (incluindo) da Holanda é estruturalmente desfavorecida e até ameaçada em sua sobrevivência por 'repovoamento' ou genocídio".

Essas ideias foram ainda mais alimentadas pelas medidas corona e teorias da conspiração. Eles também são frequentemente acompanhados de antissemitismo. De acordo com o serviço de inteligência, agora é concebível que extremistas de direita cometam um ataque terrorista.

Ameaça Jihadista Não Desapareceu

A estratégia aponta que a ameaça do ângulo jihadista ainda não desapareceu completamente.

Por exemplo, vários terroristas condenados que foram detidos em unidades especiais de terrorismo serão libertados nos próximos anos. Segundo o ministro, “deve ser dada atenção redobrada à reintegração segura e controlada após a detenção”.

Embora a NCTV actualmente não tenha indicações concretas de um ataque, o risco ainda é "significativo". Esse é o nível três na escala de cinco pontos que o contra-terrorista mantém.

Yesilgöz também quer que os terroristas sejam detidos por mais tempo. Neste momento, a pena máxima de prisão por participar de uma organização terrorista é de 15 anos. No que diz respeito a Yesilgöz, isso podia ser de vinte anos.

A prosperidade na Holanda é estável e está para aumentar, relatórios do Instituto de Estatísticas Holandês (CBS) com base no Monitor Broad Welfare & the Sustainable Development Goals 2022. Os números do período de 2014 a 2021 mostram que as coisas vão bem nas áreas de trabalho, estudos e confiança. No entanto, a igualdade entre grupos de pessoas está sob pressão.

A prosperidade tem a ver com rendimento e riqueza, mas também com saúde e confiança, por exemplo. O monitor examina a qualidade de vida actual na Holanda, mas também a das gerações futuras e das pessoas de outros países. As tendências mostram que a "ampla prosperidade" na Holanda está agora principalmente estável com uma tendência crescente.

O CBS vê uma série de tendências positivas nos anos de 2014 a 2021. Por exemplo, o desemprego caiu, o rendimento disponível aumentou e a satisfação dos funcionários com o trabalho aumentou. O número de pessoas com educação superior também aumentou e a qualidade do ar melhorou.

Finalmente, a confiança mútua das pessoas em instituições como a Câmara dos Deputados, a polícia e os juízes cresceu. Somente em 2021 essa confiança caiu, em 2,6 pontos percentuais.

Mas a prosperidade é distribuída de forma desigual entre os diferentes grupos populacionais na Holanda. O CBS distingue treze indicadores para medir o desempenho das pessoas em áreas como saúde, segurança, lazer e trabalho.

O grupo de pessoas com antecedentes migratórios não ocidentais não tem boa pontuação em todos os treze indicadores. Mesmo que o CBS corrija as diferenças no nível de educação, por exemplo, a desvantagem dos migrantes não ocidentais permanece.

Nove em cada treze vezes, as pessoas com baixo nível de escolaridade têm um resultado desfavorável. Pessoas com educação superior pontuam desfavoravelmente em apenas dois dos treze pontos.

Corona Reforçou As Tendências Negativas

As estatísticas da Holanda estabeleceram que a proporção da população psicologicamente saudável vem diminuindo há algum tempo e que essa tendência acelerou em 2021. O número de contactos sociais diminuiu e os desportos em equipa nem sempre foram possíveis. Isso aumentou o risco de solidão, desigualdade de oportunidades e problemas psicológicos.

Outro ponto importante levantado pela CBS é que a Natureza está sob pressão, o que significa que a prosperidade futura estará sob pressão. Mais de 70 por cento da natureza terrestre contém muito nitrogénio e o número de espécies animais está a diminuir. A CBS fala de "a erosão contínua do capital natural".

As Metas Sustentáveis

Por fim, o monitor mostra como a Holanda progride com os dezassete objectivos de sustentabilidade (ODS) das Nações Unidas para 2030. O investigador holandês de estatísticas, Jan-Pieter Smits, acha difícil determinar exactamente quão bem a Holanda pontua nos ODS estabelecidos. "Uma frustração que muitas vezes retorna é que os objectivos não foram claramente traduzidos na política holandesa. Como resultado, o progresso nem sempre é fácil de medir", diz ele.

De acordo com o monitor, a Holanda está no caminho certo para alcançar metas como acabar com a pobreza, acabar com a fome e ter uma educação de qualidade. Objectivos que estão mais distantes são a redução da desigualdade e cidades sustentáveis.

Ao ritmo actual, nenhum país está a cumprir com os ODS de 2030, mostra o último relatório. A Holanda está atualmente em décimo terceiro lugar no índice europeu.

Encontrada a primeira infecção com vírus da varíola dos macacos na Holanda, relata o Instituto Nacional de Saúde Pública e Meio Ambiente (RIVM). O instituto espera agora mais infecções no país nos próximos dias.

Durante a manhã de sexta-feira, o RIVM anunciou que pode haver já alguns casos de vírus da varíola dos macacos na Holanda. As amostras foram examinadas num laboratório, com os primeiros resultados durante o dia.

"Como esperado, o primeiro caso de varíola do macaco também foi identificado na Holanda. Sem dúvida, haverá mais a seguir. Levamos isso muito a sério, e é por isso que é bom que o RIVM siga os casos com o vírus e também tenha contacto próximo com colegas estrangeiros", escreveu o ministro da saúde, Ernst Kuipers, sobre a infecção, no Twitter.

Um porta-voz do RIVM disse anteriormente ao NU.nl que o vírus parece comportar-se de maneira um pouco diferente do habitual. "Anteriormente, essa doença era limitada, por exemplo, a uma pessoa e sua família, mas agora também há transmissão para outras pessoas".

O vírus é nativo da África Ocidental e Central. Ocasionalmente aparece em outros países, mas é um caso único de alguém que esteve recentemente na África e pode ter infectado outra pessoa.

Agora é um surto notavelmente grande. As infecções foram identificadas na Bélgica, Alemanha, França, Reino Unido, Espanha, Portugal, Itália, Suécia, Estados Unidos, Canadá e Austrália.

Contágio

Ainda é difícil fazer uma declaração sobre a contagiosidade da varíola, disse o porta-voz do RIVM. A doença é bastante leve na maioria das pessoas.

A infecção geralmente ocorre por meio de gotículas respiratórias, mas também por contacto próximo com a pele durante o sexo, por exemplo.

As pessoas podem inicialmente sentir febre, dor de cabeça, dores musculares, linfonodos inchados, calafrios e fadiga. Depois de alguns dias, eles também desenvolvem uma erupção cutânea. Os sintomas desaparecem dentro de algumas semanas.

Segundo o porta-voz, o contágio do vírus está principalmente nas bolhas que as pessoas infectadas podem obter. Uma boa higiene das mãos é importante para evitar a propagação. O RIVM aconselha as pessoas que observem o surgimento de manchas na pele a não confiarem e a ficarem em casa. O passo imediato seguinte é irem ao médico de família ou a um ambulatório de doenças sexualmente transmissíveis (DST).

A vacinação geral contra a varíola também protege contra o vírus da varíola dos macacos. Mas ainda não é certo se tal vacina será usada, diz Van Dissel. "Pode ser. Mas, só para deixar claro, ainda estamos longe disso. Primeiro queremos conhecer o problema. Queremos saber quais são os riscos de transmissão do exterior."

Ele não descarta a possibilidade de que tal política de vacinação seja introduzida em algum momento. “De qualquer forma, temos as vacinas para isso, se necessário”, disse o chefe do RIVM à RTL Nieuws.

Prevenção

O porta-voz do RIVM diz que o quadro clínico no surto actual também parece ser ligeiramente diferente do habitual. A maioria das manchas que as pessoas com o vírus desenvolvem são ao redor do ânus e genitais.

Uma proporção significativa das infecções globais em Maio ocorreu por contacto sexual. Na maioria dos casos, isso aconteceu durante o sexo entre homens, mas as mulheres também foram infectadas no exterior. Esta imagem pode estar ligeiramente distorcida porque os homens podem ter sido testados mais cedo.

De acordo com Jaap van Dissel, o vírus da varíola dos macacos não é uma doença venérea. "Não é uma DST clássica", disse o chefe do RIVM à RTL Nieuws .

O vírus pode ter-se espalhado pelo festival internacional de Darklands, realizado em Antwerpen no início deste mês. O serviço de saúde belga rastreou três infecções ligadas ao Darklands, relata a organização belga na sua página. O evento também é popular entre os holandeses.

O governo pediu à organização que informe os milhares de visitantes sobre as infecções. Por exemplo, que eles permaneçam vigilantes, porque o vírus tem um período de incubação de até 21 dias. Qualquer pessoa que apresente sintomas ou suspeite de infecção deve procurar ajuda médica o mais rápido possível. De acordo com a organização Darklands, há motivos para acreditar que o vírus foi trazido do estrangeiro por visitantes do festival.

A vida na União Europeia foi 8,1 por cento mais cara em Abril do que no ano anterior, de acordo com dados do centro de estatística europeu, Eurostat, na quarta-feira . Foi um pouco maior do que em Março, quando a inflação ficou em 7,8%. No entanto, a Holanda caiu do quarto para o oitavo lugar na lista de 27 países.

De acordo com o Eurostat, a inflação holandesa atingiu 11,2% no mês passado, ainda acima da média europeia.

A inflação foi ainda maior em Março. Nessa altura, de acordo com o Eurostat, era de 11,9%. Esse cálculo difere do da CBS holandesa, porque as agências medem a inflação de maneira um pouco diferente.

Na Estónia, a inflação foi mais alta no mês passado, com 19,1%. Lituânia e República Checa estão em segundo e terceiro lugar, com 16,6 e 13,2 por cento de inflação, respectivamente. França e Malta (ambos 5,4%) e Finlândia (5,8%) tiveram as menores taxas de inflação em Abril. Portugal manteve a média da euro zona de 7,4%.

Segundo o Eurostat, o aumento dos preços da energia é o principal culpado, tal como no mês anterior. A CBS holandesa já tinha dito isso anteriormente. A CBS conta como energia a electricidade, o gás e o aquecimento urbano.

Os preços dos serviços também aumentaram acentuadamente, diz o Eurostat. Depois da energia, os preços nesta categoria subiram mais rapidamente. Depois vem comida, álcool e tabaco.

A princesa Amália, acaba de completar os 18 anos e estará assim presente pela primeira vez no Prinsjesdag na terça-feira 20 de Setembro, a terceira terça-feira de Setembro. Informou o Serviço de Informação do Governo.

Na terça-feira, foi anunciado que o rei Willem-Alexander lerá o discurso deste ano do trono no Koninklijke Schouwburg, em Den Haag. A princesa também testemunhará este novo local onde o rei compartilha os planos do governo. Uma forma oficial de apresentar o orçamento e planos do governo para o ano seguinte. A princesa Amália não desempenhará um papel activo nesse dia.

No dia 8 de Dezembro do ano passado, um dia após o seu 18º aniversário, Amália teve a sua primeira cerimónia oficial como princesa e seguidora no trono. A filha mais velha do rei Willem-Alexander e da rainha Máxima tomou então o seu lugar no Conselho de Estado. Ela foi levada até lá pelo seu pai, como oficialmente deve ser. Amália também fez um discurso.

Nos últimos dois anos, a Assembleia do Senado e da Câmara dos Deputados foi realizada no Prinsjesdag, na Grote Kerk, em Den Haag, devido às restrições impostas pelo corona. O município de Den Haag informou na terça-feira que este local, com uma grande lotação de pessoas, causaria muitas restrições para os moradores e lojistas locais.

O Ridderzaal, onde normalmente é realizado o Discurso do Trono, também não está disponível devido às obras de renovação do Binnenhof, o edifício da Câmara dos Deputados.