Boas noticias são-nos dadas pelo Centro de Estatística Holandês (CBS) na sexta-feira passada. Segundo os dados recolhidos, o deficit orçamental deste ano ficará nos 2.9% e não acima do limite de 3% como estava inicialmente previsto. As razões para esta queda devem-se sobretudo à boa cobrança efectuada nos leilões das redes de telecomunicação do país.

A nacionalização do banco SNS Reaal também contribuiu para esta queda do deficit. O valor capital total do banco é superior ao valor da nacionalização entrando assim estas contas como um investimento e não como uma divida ou passivo, segundo as regras da UE. O valor de 3.7 mil milhões pago pelo Governo, mais os 6 mil milhões futuros em pagamentos de empréstimos não entram assim nas contas do deficit.

O Governo holandês, tem assim este ano, um balanço positivo de cerca de 4.5 mil milhões no seu orçamento, mas segundo o Primeiro-Ministro Rutte, "ainda não é tempo para festejos".

Contudo, e agora as más noticias, estas contas não interferem na previsão do déficit superior a 3% no próximo ano de 2014 e muito menos no plano para a poupança de 6 mil milhões que o Governo tenta ainda colocar em marcha.

Devido a isso, a austeridade prevista em 2014 para o país não vai sofrer alterações.

Noticia original em Dutch News.

A confiança na coligação VVD e PvdA que governa o país desde as eleições do dia 12 de Setembro atingiu o ponto mais baixo durante esta semana.

A pesquisa mostra que se as eleições fossem hoje, a coligação conseguiria apenas 37 assentos na Tweede Kamer. Desde a semana passada o PvdA cai um assento, ficando com 16 e o VVD cai para 21. Os sociais democratas do PvdA tem neste momento 38 representantes na assembleia holandesa e o VVD 41.

Os dois partidos que mais beneficiam com esta queda de representantes parlamentares são o SP (socialistas) que ganharia mais um assento, com um total de 24 e o PVV (extrema-direita) que ganharia também mais um representante e passaria para 29 assentos parlamentares. Juntos tem neste momento apenas 15 assentos na Tweede Kamer.

Caças JSF

A decisão da compra dos novos aviões de combate JSF por parte da coligação, embora sem o total apoio do PvdA, fez cair a confiança no Governo actual.

Também a falta de apoio no pacote de austeridade faz parte da causa desta queda de confiança. Os representantes do PvdA estão contra o aumento dos valores dos medicamentos a pagar pela população, as intervenções no WW que rege entre outras coisas, o subsidio de desemprego e o corte no subsidio de renda, pontos que o VVD considera críticos para atingir os objectivos de poupança do défice.

Imposto sobre combustível

Outro ponto de discórdia na coligação são os impostos sobre os combustíveis. Ao contrário do PvdA, o seu companheiro de coligação, o VVD é em grande parte contra o aumento dos impostos sobre os combustíveis, o aumento da percentagem na escala mais alta de descontos do IRS e a restrição ás deduções sobre as hipotecas.

A pesquisa foi realizada pela De Hond com 2500 entrevistas via internet, a partir de uma amostra de 40.000 participantes inscritos no painel de estatística. A pesquisa foi realizada na sexta e no sábado.

Noticia original Jornal AD.

Pode não parecer, mas nos próximos dias é esperado um tempo tropical na Holanda, em especial no sul e sudeste do país, com as temperaturas a subirem acima dos 30º e uma sensação devido à humidade do ar, bem perto dos 40º em alguns locais. A partir de amanhã, segunda-feira, começará a sentir-se a mudança de temperatura e até quarta-feira subirá para estes valores. Quarta-feira espera-se então altas temperaturas de clima tropical, mas também alguns chuviscos que poderão ser acompanhados por trovoada.

Esperemos que sejam boas notícias para o nosso Encontro de Portugueses no próximo sábado, embora as previsões não sejam as mais animadoras, como mostra a imagem do artigo acima. Mas também, basta o calor dos portugueses e a boa disposição para um dia bem passado no Prinses Beatrixpark em Schiedam.

Não será mau de todo, mas parece que afinal os meteorologistas franceses tem razão.

Notícia original sobre as temperaturas dos próximos dias, Jornal AD.

Segundo um relatório de hoje, perto de 2000 empresas holandesas foram multadas no ano passado por empregarem trabalhadores estrangeiros sem os devidos papeis.

No total foram inspeccionadas 7000 empresas nos sectores de maior risco de ilegalidade. Empresas que operam nos sectores da agricultura e limpeza foram visitadas pelos inspectores do Ministério, segundo os Assuntos Sociais.

Muitas empresas foram igualmente multadas por não pagarem o salário mínimo aos seus trabalhadores. No total, o valor das multas atingem os 30 milhões de Euros. Quase uma em cada cinco empresas visadas são reincidentes neste tipo de ilegalidades.

Através de Dutch News.

Sobre este ano, todos nós já temos noção das dificuldades no país, mas as últimas notícias não são mais animadoras para o próximo. Segundo o relatório da UE saído no inicio desta semana, para o próximo ano serão necessários mais 2 mil milhões extras nos cortes. Os cerca de 4.3 mil milhões previstos para este ano não serão suficientes para baixar o défice para os 2.8% do PIB em 2014, segundo as contas de Bruxelas.

Uma vez que a economia está com 1% de recessão, a Holanda terá mais um ano para equilibrar as suas contas, mas terá de arranjar forma de poupar mais 2 mil milhões de Euros para atingir a meta abaixo dos 3% do PIB.

A resposta a este plano não tardou e os passos a fazer para atingir esta meta são já conhecidos. Para o próximo ano a medida com mais impacto para a população será o do aumento dos descontos sobre o rendimento do trabalho com a alteração dos escalões de IRS. Esta medida foi já anunciada pelo Governo holandês.

Pelo menos para já, esta é uma das medidas que estão previstas, não estando os gastos do Estado englobados no pacote extra de austeridade. Espera-se que esta seja suficiente para baixar o défice para os 2.8% do PIB, já que outro tipo de medidas podem provocar um agravamento mais directo da recessão, afectando mais a economia do país que está destruída pela paragem no sector da construção civil, empréstimos bancários e dos valores altos de desemprego.

Uma outra medida é a de mais investimento na construção civil para habitação social e também em algumas obras públicas, como por exemplo, a construção do novo estádio do Feijenoord, aumento da capacidade do aeroporto de Schiphol ou o alargamento da rede de metro da RET. Também em manutenção de monumentos e escolas e investimento em durabilidade e infraestruturas. São cerca de mil milhões de Euros de investimento na esperança de criar 12.000 postos de trabalho num sector que tem a maior percentagem de desempregados (11%).

Original Relatório da UE

Original Notícia aumento de impostos

Original Notícia investimento público